quinta-feira, 12 de abril de 2012

VOLÚPIA DI BACO


Volúpia di Baco - Nightmare or Dream


Um trabalho que foi desenvolvido anterior ao projeto atual do Posthuman Tantra, trata de uma indumentária para uma atuação do baterista Maycon Reis, na gravação do vídeo clipe “Nightmare or Dream” da banda “Volúpia di Baco”, inspirado no curta metragem “Roleta Russa” em 2009, direcionado por Marco Antonio. A composição da indumentária conclui numa customização de uma jaqueta tradicional de tactel da qual foi rebitada coréias, fivelas, argolas de metais, ilhós e cordas de nalho.



A proposta é expressar uma determinada identidade, referente ao musico fluente de uma poética específica. A indumentária teve todo um conjunto de definições, um caractere próprio e exclusivo para determinada proposta. Ligá-lo a sua atuação, à sua poética, ao tempo, objetivo e determinação estética, todas as características expressiva de uma personalidade, relativas ao musico criado segundo ao conceito original de identidade, em que a pessoa aparenta e agrupa várias idéias como a noção de permanência, permitindo uma distinção de uma unidade em determinada posição social e cultural.


Um trabalho que vem a colocar, de uma maneira explícita, a relação cultural do musico com a minha identidade social no desenvolvimento dos meus projetos. Este trabalho deixa bem claro que, a estética referente aos movimentos subculturais vem a influenciar, de uma maneira muito fantástica, o desenvolvimento de meus projetos.


A jaqueta foi customizada seguindo uma estética influenciada especificamente do “grotesco”. Uma mistura que inspira a combinação entre o bárbaro e o medieval, definindo a estética das subculturas é chamada de “Neogrotesco”, adotadas pelos que identificam com o dramático, os que exploram sensações intimidadoras, góticas, referente à trajetória romântica da estética neogrotesco, dos “Freakshows” da época vitoriana às identidades de artistas, músicos, performáticos veiculados a subcultura onde a carne, o sangue, a matéria humana e não-humana é a tônica dessa estética, criando um diálogo entre a descorporificação e a recorporificação das identidades sociais subculturais explorado pelo Punk, pelas tribos Góticas, o Cyberpunk, Rivetheard, o fetichismo Sadomasoquista, vertentes Heavy Metal e atualmente o Cybergoth. Uma estética não bem vida no que esta no domínio popular ou o que esta aos olhos do público massificado que contrapõe a subcultura. Um discurso cultural, da massa, que utiliza imagens de desordem, obsessão, desequilíbrio psicológico e distorção física com os propósitos de entretenimento e especulação ideológica. Conseqüentemente um comportamento social “teatral” e preconceituoso constituído por uma população corporificada em seus comportamentos insensata unidos por uma ação autômato cotidiana. E a subcultura é a resistência!






Referência Bibliográfica:
AMARAL Adriana. Visões perigosas: uma arque-genealogia do cyberpunk – comunicação e cibercultura. Sulina/ Porto Alegre. 2006

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