segunda-feira, 1 de agosto de 2011

NÃO EXISTE DEUS SENÃO O HOMEM





“Não Existe Deus Senão O Homem”

Aleister Crowley

Após a seleção de alguns altos retratos para o desenvolvimento das imagens hibridas, foi executado os downloads da internet segundo a proposta poética, escolhida para a defesa conceitual interpretada visualmente pelas imagens. As imagens foram editadas usando o software de tratamento fotográfico “Photoshop”, para a definição estética que seguiria de uma fusão como determinada a proposta hibrida. Após a fusão de aproximadamente vinte e três imagens, entre fotografias de alto retrato e imagens da internet, se desenvolve cinco imagens hibridas aperfeiçoada esteticamente pelo domínio das ferramentas básicas do Photoshop para uma apresentação formal ao espectador.

As imagens híbridas parte de uma releitura da obra literária de Aleister Crowley, intitulado como “Leis de Thelema” ou “Os Livros de Thelemas”: incluída com todos os trabalhos da literatura filosófica e ocultista do autor. Aleister Crowley (1875 a 1947), nascido Edward Alexander Crowley, foi um influente ocultista britânico, responsável pela fundação da doutrina Thelema. Ele foi um membro da Ordem Hermética da Aurora Dourada, e conhecido hoje em dia por seus escritos sobre magia, especialmente o “Livro da Lei”, o texto sagrado e central da Thelema, apesar de ter escrito sobre outros assuntos esotéricos como magia cerimonial e a cabala.


Assim como qualquer livro ocultista, os livros de Thelemas de Crowley podem ter interpretações contraditórias segundo a idealização do leitor em relação a sua formação conceitual dualística. É comum interpretar estes livros de forma profana quando se prende a um contexto de dualidade clássica, onde se tem o “negativo deslocado do positivo” por uma questão dogmática, muito das vezes influenciado pela massa religiosa, negando a própria razão natural onde os opostos se atraem para um equilíbrio estável. Optando pela dualidade conceitual em razão da própria natureza individualizada do homem, onde busca as linguagens como uma categoria de signo, símbolos ou imagens que serve para que os homens se comuniquem. Esta comunicação de alto individualismo estabelece uma oposição aos padrões conceituais em massa que pode vi a ser interpretado pelo termo “Satanismo”. O Satanismo, ignorando os valores profanos, vem interpretar de forma personificada o termo “oposto”, o colocado poeticamente pelos que se identifica com o “dramático”, principalmente quando se tratam de valores estéticos, bastante influenciado nas literaturas, cinemas, filosofias, música e todas as formas de linguagens artísticas visuais.


A influencia cultural nos tempos modernos e contemporâneos e às vezes de maneira radical gera conseqüências negativas segundo sua interpretação de alto individualismo e esta relação da autoria individual com a sociedade que vem a se questionar as imagens hibridas digitais.


A obra de Crowley interpretada pelos fundamentos colocados como Satanismo é um estilo de vida, uma filosofia prática. A essência deste modo é a convicção de que nós retemos tudo, como indivíduos, alcançamos muito mais com nossas vidas do que nós percebemos pelo nosso alto reconhecimento. O Satanismo de Crowley é simplesmente o uso da forças ou energias para melhorar a sua vida de acordo com seus desejos sem uma influencia estabelecida por convicções pecaminosas negando a razão estabelecida pelos valores da própria natureza do individuo. De maneira externa ou interna ou as duas maneira se te convém:

Externa são a mudança de eventos externos, circunstâncias, identidade ou indivíduos conforme os desejos em relação as suas escolhas, determinando o que é mais direito de acordo com as suas idealizações com as conseqüências de suas escolhas erradas. A interna é a mudança da consciência, esta é essencialmente a investigação do alto reconhecimento. Satanismo, de inicio, é tudo o que fazemos conscientemente liberando nossa natureza sóbria, que é por fim empreendido na alta idealização do ser.


O Satanista está equilibradamente orgulhoso, forte e desafiante a oposição em massa e bem preparado para defender suas idéias onde se cria convicções de alta perfeição para reconhecer sua alta divinação, tendo as imagens divinas como uma personificação da variedade de personalidades que constitui e determina a individualidade do ser, ignorando o vulgo que se limita em uma convicção cega de dualidade clássica, invertendo todos os valores naturais, fixando o curso de nossa evolução consciente. Pelo contrário, o Satanismo é uma expressão natural do evolutivo ou prometeu e sua liberdade de escolha é um dos meios para nos fazer deuses em Terra e perceber o potencial que a mente possui dentro de nós.

O que vem entender como prioridade é que o Satanismo em seu nível mais alto se preocupar com o desenvolvimento do indivíduo, alto reconhecer como tal é uma parte necessária de alto desenvolvimento. O ser deve ser transcendido e estudado. Claro que tudo é uma possibilidade posta por radicalistas. Quando se fala em Satanismo, logo nos vem à mente homens vestidos de compridas roupas negras com um punhal na mão rodeado por velas pretas, sacrificando animais ou até um ser humano. Esta talvez seja a concepção de milhares de pessoas que conhece o termo Satanismo apenas pela lembrança herdada de filmes de terror ou de alguns livros cujo conteúdo é influenciado pela idade média.

No entanto o Satanismo moderno não tem nada que ver com essa imagem grotesca é mais um tipo de filosofia humanista. É verdade que existe este tipo de ritual que incluem sacrifícios de animais e vítimas humanas, ao contrário de algumas opiniões cépticas no assunto, há bastante evidencias para apoiar estes acontecimentos, mas são realizados normalmente por pessoas radicalistas desequilibradas psicologicamente, sem a menor idealização das conseqüências negativa discorridas por este tipo de atitude. Entretanto o Satanismo mais conhecido hoje em dia foge radicalmente dessa concepção. A filosofia Satânica moderna é caracterizada pela busca do hedonismo e pela rejeição a toda forma de dogmas Cristãos, é uma rebelião ao sistema cultural religioso em massa atual. Que tende a oferecer ao ser humano uma liberdade irrestrita no que tange as normas de comportamento e moral estabelecidas, chocando-se claramente com a filosofia da massa cultural religiosa.

Devido à mudança de paradigmas em nossa geração o Satanismo ganhou bastante campo e está conquistando um grande número de adeptos vindos das mais variadas classes social em busca de seu aprimoramento individual. Os jovens são talvez o grupo mais vulnerável a embrenhar no submundo desta filosofia, que cada vez ganha mais espaço e valores híbridos com outras filosofias de culturas distintas devido à globalização contemporânea. Haja vista Aleister Crowley ser só mais um, dentre os muitos divulgadores desta filosofia em seu livro.

A idéia de elaborar imagens híbridas do meu alto retrato estabelece sua tipologia, encontrar as leis de funcionamento das suas diversidades individuais em cima do diálogo colocada pela literatura de Crowley segunda a interpretação acima.

Para esta interpretação focada na “divinação do alto individuo” sugere um analise interpretativo de uma frase em individual de Crowley: Não Existe Deus Senão O Homem. Onde foi colocado o meu alto retrato em deuses de nações variada e distintas, criando a interpretação visual colocada por Crowley.

As imagens seguem a composição estética e simbólica das seguintes divindades: Anúbis do Egito, o Shiva da Índia, o deus Loke Nórdico, o deus Romano Baco e o Exu dos cultos Brasileiros. Relacionado à poética visual das imagens hibridas com o livro de Crowley estabelecemos as personificação segundo as suas principais declarações alem da frase já destacada:

“Não existe Lei além de Faze O Que Tu Queres. Tudo o que você tem a fazer é ser você mesmo, fazer sua vontade e regozijar. A palavra da Lei é Thelema (Vontade). Todo mal é relativo, aparente ou ilusório. Sua raiz está sempre na dualidade. Portanto, a solução de qualquer aparente situação maligna consiste em se buscar a Unidade.”

Podemos perceber a referência a alta individualização de Crowley quando coloca a busca pela unidade como solução de uma situação maligna. Continuando o analise do texto de Crowley:

Tu tens que Descobrir qual é a Tua Vontade; e Fazer essa Vontade com, propósito único; desprendimento; e paz. Então, e apenas então, estás tu em harmonia com o Movimento das coisas, tua vontade é parte da Vontade e, portanto, iguala-se à Vontade de Deus. E desde que a vontade é apenas o aspecto dinâmico do eu, e desde que dois entes não poderiam possuir vontades idênticas, então, se tua vontade for a Vontade de Deus, Tu és Aquilo. E, se tu estás certo de tua Vontade e certo de teus meios, então, quaisquer pensamentos ou atos que contrariem esses meios, contrariarão também a tua Vontade. Vossa razão mesma vos atacará, dizendo: como pode uma escravidão tão estrita ser o Caminho para a Liberdade? Perseverai. Quando as tentações tiverem sido sobrepujadas, quando a voz da razão tiver sido silenciada, então vossa alma pulará avante e desimpedida em seu curso escolhido. E, pela primeira vez, vós experimentareis o extremo deleite de serdes Mestre de vós Mesmos, e, portanto, Mestre do Universo. Razão e fé são equivalentes, pois toda e qualquer razão, de certa forma, é fideísta, e toda e qualquer fé, de certa forma, é racional, ainda que, generalizadamente, seja aceito esta última – a fé – possa ser tida como irracional.”

Crowley coloca a “razão como igual a fé”, uma oposição em cima de qualquer conceito dogmático onde estabelece a fé como o “alto - crer”. Conclua-se que a fé sem a idealização da razão do “ser” define-se como uma convicção cega.

Seguindo as Leis De Thelema:
A lei do forte: esta é a nossa lei e a alegria do mundo.
Faze o que tu queres há de ser toda a lei.
Tu não tens direito a não ser fazer a tua vontade.
Faze aquilo e nenhum outro dirá não.
Todo homem e toda mulher é uma estrela.
Não existe deus senão o homem.
(poética em destaque).
1. 0 Homem tem o direito de viver por sua própria lei, viver da maneira que ele quiser, trabalhar como ele quiser, brincar como ele quiser, descansar como ele quiser, morrer quando e como ele quiser...
2. 0 Homem tem o direito de comer o que ele quiser, beber o que ele quiser, morar onde ele quiser, mover-se como ele quiser sobre a face da terra...
3. 0 Homem tem o direito de pensar o que ele quiser, falar o que ele quiser, escrever o que ele quiser, desenhar, pintar, lavrar, estampar, moldar, construir como ele quiser, vestir o que ele quiser...
4. 0 Homem tem o direito de amar como ele quiser...
"tomai vossa fartura e vontade de amor como quiserdes,
quando, onde e com quem quiserdes.
5. 0 Homem tem o direito de matar esses que quereriam contrariar estes direitos.
“Os escravos servirão.
"Amor é a lei, amor sob vontade.


Referencia bibliográfica:

CROWLEY, Aleister. Os Livros de Thelema. [s.l.]: Madras, 1997.